Hoje quero tratar de um assunto bem delicado, porém necessário. Seguidamente atendo à pessoas que tiveram a infelicidade de serem assistidos por supostos falsos sacerdotes. Supostos Pais/Mães de Santo sem nenhuma referencia de matriz africana pautada. Religiosos sem nenhum preparo, totalmente perdidos por não deterem uma raiz que tenham lhes passado os devidos ensinamentos, segredos e preceitos de nosso culto.
Falsos sacerdotes que se misturam dentre os diversos cultos religiosos, não tendo uma identidade definida própria; Cabinda, Oyó, Nagô, Jejê, Ijexá, Grefe, dentre outras. Jogam búzios, aplicam ebós, iniciam iyawôs, se incorporam, enchem a cara de cachaça e falam mentiras em nome das entidades, em fim, dão andamento ao culto, sem ao menos estarem com suas obrigações em dia, sem discernimento algum. Em consequência, não se obtem nenhum resultado aos envolvidos, as prejudicam espiritualmente e trazem consequências graves a vida das pessoas. E são estes, que por fim, geram total descrença aos cultos afros, denegrindo a imagem.
Trago a religião africana em minha família e no sangue, pois sigo o culto através de meus ancestrais. E mesmo assim, com todos estes anos, meus Orixás ainda me acrescentam aprendizados. Religião, seja qual for, não é "brincadeira", todo sacerdote de fundamento deve zelar e manter pelos seus cultos, não deixando assim, denegrir a imagem, através de religiosos despreparados e "falsos profetas".
Um bom axé!
Pai Daniel de Oxum
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